A Minha Vida sem o Telemóvel

O meu telemóvel é um Nokia 3600, cor-de-rosa. Como me faz diariamente companhia e quando preciso de ajuda é ele quem me “socorre”, escolhi um bastante feminíno.
Ao ligá-lo pela primeira vez, alterei as suas características, ao meu gosto. Nele deposito total confiança, guardo contacto de pessoas que gosto muito e que fazem parte da minha vida, para recorrer a elas sempre que me lembre, em qualquer parte do mundo. Além disso, como gosto muito de fotografia e de música, também consigo tê-las sempre presentes, pelo meu “amigo”.

Qualquer acontecimento serve para memorizar! No entanto, em certas alturas, convém que este “amiguinho” seja muito discreto, senão será considerado “bronco”, no meio de uma reunião, numa cerimónia festiva ou até mesmo fúnebre. Já quando toca, a minha obrigação é atendê-lo, mesmo sendo em alturas menos propícias, o que é certo, é que será alguém que se lembra de mim!
Na actualidade, existem em tamanho pequeno e leve, o que por vezes traz a consequência: Irritação total! Até pode ficar perdido, porém, jamais esquecido e não obstante de um problema sem solução.
Um dia sem telemóvel caio na insegurança, na acumulação de tarefas, na desorganização, no esquecimento de acontecimentos, enfim sem bengala que me auxilie na marcha! Correctamente seria, se o dito “amigo”, me livrasse de problemas de saúde, não me roubasse a memória nem a educação mas, contudo, admiro-o por perceber mais de matemática do que eu e por simplificar a escrita e a leitura, pois se também aqui pudesse, expressar-me-ia de forma muito mais breve: “gsto mto do meu tlm :).